quinta-feira, 15 de maio de 2014

Consumo exagerado de carne e queijo pode ser tão ruim quanto fumar

Segundo estudo, proteína em excesso na meia idade quadruplica risco de morte por câncer

Consumo exagerado de carne e queijo pode ser tão ruim quanto fumar Rafaela Martins/Agencia RBS

Quantidade de proteína considerada ideal ainda é um tema bastante controversoFoto: Rafaela Martins / Agencia RBS
Aquele bife grelhado aparentemente inofensivo pode ser tão mortal quanto um cigarro. Um novo e amplo estudo acompanhou adultos por quase duas décadas e revelou que uma dieta rica em proteínas animais durante a meia idade pode quadruplicar as chances de morrer de câncer, um risco comparável ao do fumo.
Além do maior risco de morte por câncer, as pessoas de meia idade que consomem uma grande quantidade de proteína animal — incluindo carne, leite e queijo — também são mais suscetíveis a morte precoce em geral, revela o estudo publicado na "Cell Metabolism". Elas também são muito mais propensas a morrer de diabetes.
— A grande maioria dos americanos poderia diminuir seu consumo de proteína. A melhor mudança a se fazer seria reduzir a ingestão diária de proteínas, sobretudo as derivadas de animais — afirma um dos coautores do estudo, Valter Longo, professor de gerontologia da Universidade do Sudeste da Califórnia e diretor do Instituto da Longevidade.
Mesmo quem come uma quantidade moderada de proteína apresenta um risco três vezes maior de morrer de câncer do que aqueles que comem pouca proteína, revela o estudo. De forma geral, pequenas reduções na quantidade de proteína ingerida diariamente podem reduzir o risco de mortalidade precoce em 21%.
Mas a quantidade de proteína considerada ideal ainda é um tema bastante controverso, especialmente pela popularidade de dietas ricas em proteínas como a paleolítica e a atkins. Embora, a curto prazo, essas dietas funcionem, segundo Longo, elas podem estar levando a uma deterioração da saúde a médio e longo prazo.
No estudo, os cientistas definem uma dieta "rica em proteína" como aquela em que pelo menos 20% das calorias ingeridas provêm de proteínas. A alimentação pobre em proteína teria menos de 10%. O ideal, diz o cientista, seria seguir as recomendações das principais agências de saúde do mundo e consumir cerca de 0,8 grama de proteína por quilo de seu peso total por dia — algo como 55 gramas para uma pessoa de cerca de 70 quilos.
De acordo com Longo, o problema é que um número crescente de pessoas em nações desenvolvidas e em desenvolvimento come duas ou três vezes mais do que isso, sendo que boa parte vem de proteína animal e não de vegetal, como sementes, feijões e castanhas. Os pesquisadores descobriram que as proteínas de origem vegetal não têm o mesmo efeito sobre a mortalidade que as proteínas animais. O risco de câncer e morte precoce também não parece ser alterado por dietas pobres em carboidrato ou gorduras, indicando que a proteína animal é mesmo a maior culpada.
— Quase todo mundo vai ter uma célula cancerosa ou celular pré-câncerosa em algum momento da vida. A pergunta é: será que ela vai progredir? Um dos principais fatores para determinar se isso vai acontecer ou não é a ingestão de proteínas — disse Longo.
Sugiro que continue lendo http://zh.clicrbs.com.br/
Recomendo a leitura do livro Anti-câncer de Daivid Shriber

Nenhum comentário:

Postar um comentário