terça-feira, 13 de outubro de 2015

Estalar o corpo faz mal?

Depende! “Estalos ocasionais ou espontâneos, como costuma acontecer nos pés e tornozelos depois de levantarmos da cama, são inócuos. Mas se forem repetidos com freqüência, aumentam a produção do líquido interno das juntas, o que pode causar engrossamento, dor e perda de flexibilidade”, afirma o dr. Isidio Calich, da Faculdade de Medicina da USP. Conforme o tipo de estalo, pode provocar também sérios danos nos tendões e na cartilagem que recobre a extremidade dos ossos. Existem dois tipos de estalo. O primeiro ocorre quando esticamos a junta puxando um dedo, por exemplo. Isso gera uma espécie de vácuo que faz o líquido no interior das juntas se movimentar com violência, daí o ruído. O outro tipo é quando dobramos a articulação. Nesse caso, o estalo se deve ao atrito entre as cartilagens dos ossos – como quando apertamos os dedos contra a palma da mão – ou, então, ao contato do tendão com alguma saliência óssea – ao girar o tornozelo, por exemplo. A princípio, todas as juntas do corpo podem ser estaladas, mas não vale a pena tentar comprovar isso na prática.

Sinfonia dos ossos

1. Em uma articulação, as pontas dos ossos são recobertas por uma cartilagem protetora. 
Entre elas, fica a cápsula articular
2. No interior da cápsula está o líquido sinovial. Estalar a articulação estimula a produção desse líquido, fazendo a cápsula inchar e a junta engrossar

Extraído de Super Interessante
Edição 162

sexta-feira, 9 de outubro de 2015

Ficar em pé contribui para saúde do coração

Segundo pesquisa, a posição permite melhorar os níveis sanguíneos de colesterol, gorduras e açúcares

O simples fato de ficar em pé no lugar de sentar poderia contribuir para nos manter em boa saúde, segundo um estudo publicado na revista da Sociedade Europeia de Cardiologia, o European Heart Journal. A posição de pé permitiria assim melhorar os níveis sanguíneos de colesterol, gorduras e açúcares, marcadores biológicos de riscos cardiovasculares. Passar mais tempo de pé e caminhar poderiam ter um efeito benéfico suplementar sobre a circunferência abdominal e o índice de massa corporal (IMC), que servem para medir o peso ideal."Inúmeros estudos mostraram que a atividade física reduz a mortalidade total, os acidentes e a mortalidade cardiovasculares, o diabetes tipo 2 (o mais frequente), a obesidade e diversos tipos de câncer" relembrou o professor Francisco Lopez-Jimenez da Mayo Clinic (Minnesota, Estados Unidos) em um comentário acompanhando o artigo. Mas "a luta contra o sedentarismo não pode se reduzir a aconselhar a fazer exercícios regularmente", escreveu o médico, acrescentando que é igualmente importante promover comportamentos não sedentários na vida diária. 

"Uma pessoa que caminha duas horas até o trabalho, que fica de pé durante quatro horas e que faz mais uma hora de tarefas cotidianas em casa queima mais calorias do que correndo durante uma hora", explicou, evocando especialmente o interesse de colocar à disposição dos trabalhadores esteiras e adaptando os escritórios para permitir trabalhar de pé ou sentado.
Pesquisadores australianos equiparam com marcadores de atividade 782 homens e mulheres, com idades entre 36 e 80 anos, para determinar precisamente quanto tempo cada um passava dormindo, andando ou correndo e ficava sentado, deitado ou de pé. 
Uma diminuição das gorduras sanguíneas (triglicerídeos) e um aumento do "bom" colesterol foram observados com uma redução do tempo sentado. A redução do tamanho da circunferência abdominal e do IMC só se mostrou significativa quando combinada à caminhada ou à corrida, ressaltaram os autores, que julgam necessários estudos complementares sobre o assunto.
Ao substituir todos os dias duas horas sentadas pela caminhada, o tamanho da cintura diminuiu em média cerca de 7,5 cm e o IMC de 11%.Entretanto, ficar sentado não é ruim em si, na medida em que não passamos muito tempo na posição.— Nossa mensagem é: levantem, fiquem menos tempo sentados e se mexam mais — afirmou a médica Genevieve Healy da universidade de Queensland (Austrália), que dirigiu o estudo.
Na Europa, os adultos são hoje muito sedentários e declaram passar em média 3,2 a 6,8 horas sentados por dia, segundo o estudo. 

*AFP

quinta-feira, 1 de outubro de 2015

Comer vegetais todos os dias pode deixar seu cérebro 11 anos mais jovem

Ninguém discorda que vegetais são bons para a saúde. Mas você sabia que a ingestão de apenas uma porção de folhas verdes por dia poderia prevenir a demência?

Pesquisadores da Universidade de Rush em Chicago (EUA) avaliaram anualmente a dieta e capacidade mental de cerca de 950 pessoas idosas durante dois a dez anos.


Os participantes, que tinham uma idade média de 81 anos, fizeram 19 testes para avaliar a sua função mental. Também, usando uma lista com 144 itens, tiveram que identificar que alimentos e bebidas tinham mais destaque em sua dieta.

Os que comiam vegetais de folhas verdes, como espinafre e couve, uma ou duas vezes por dia experimentaram declínio cognitivo significativamente menor do que aqueles que não comiam tantos vegetais, mesmo quando outros fatores, como educação, exercício e histórico familiar de demência foram levados em conta.

Efeito duradouro

Em média, os participantes que comiam mais folhas verdes interromperam o declínio mental por uma média de 11 anos.

“Perder a memória ou habilidades cognitivas é um dos maiores medos das pessoas à medida que envelhecem. Como o declínio da capacidade cognitiva é central para a doença de Alzheimer e outras formas de demência, o aumento do consumo de vegetais de folhas verdes pode oferecer uma maneira muito simples, acessível e não invasiva de potencialmente proteger o cérebro”, disse a principal pesquisadora do estudo, Martha Clare Morris.

Morris crê que os benefícios das verduras são provavelmente ligados a seus elevados níveis de vitaminas e nutrientes, como vitamina K, luteína, folato e beta-caroteno.

Fonte: hypescience