segunda-feira, 17 de março de 2014

OMS tem nova orientação para consumo de açúcar

RIO - Uma nova orientação da Organização Mundial de Saúde (OMS) propõe que a quantidade diária de açúcar na alimentação seja reduzida à metade. Antes, do consumo total de calorias ingeridas, 10% poderiam ser de açúcar. Agora, bastam 5%, inclusive de açúcares adicionados, aqueles colocados nos alimentos industrializados durante o processamento. Nos rótulos, eles têm nomes diversos: açúcar mascavo, açúcar cristal, mel, xarope, melado, glicose, dextrose, maltose e concentrados de frutas, entre outros. A orientação agora passará por consulta pública e novas recomendações são esperadas para ainda este ano. A OMS se baseou na revisão de artigos científicos sobre o impacto do açúcar na saúde, incluindo danos aos dentes e efeitos na obesidade.

- Esses concentrados podem até ser naturais, mas são metabolizados de forma diferente de uma fruta, por exemplo. Na Europa algumas geleias são adoçadas com suco de maçã, e esse 
concentrado é natural, vem da fruta, e embora não existam estudos sobre isso, no momento que se usa um xarope ou concentrado deste tipo, isso eleva a glicose sanguínea - explica a nutricionista Bia Rique, chefe de nutrição da enfermaria de cirurgia plástica da Santa Casa da Misericórdia do Rio.
Bia explica que de acordo com a tabela de equivalências da Associação Americana de Diabetes, uma cota de frutas equivale a 15 gramas e 60 calorias, mas dependendo da concentração de açúcar em cada fruta, a quantidade real consumida varia. Uma cota de melão, melancia ou morango corresponde a uma xícara e meia dessas frutas, já uma cota de passa de uva corresponde a apenas uma colher de sopa. Ao moer a passa e fazer um xarope, por exemplo, a concentração de açúcar é ainda mais alta, são necessárias mais passas neste processo.
- A solução neste caso seria criar uma nomenclatura na qual qualquer açúcar capaz de afetar a glicose tivesse um nome em comum, para que qualquer pessoa pudesse entender - diz a nutricionista.
Um dos estudos sobre obesidade usado como base pela OMS foi publicado ano passado na “British Medical Journal” e constatava que o açúcar não tem efeito direto na obesidade, mas seu consumo excessivo, particularmente em bebidas, tende a engordar sem satisfazer. O outro estudo, sobre a relação entre a ingestão de açúcar e o apodrecimento dos dentes foi feita por pesquisadores ingleses e relatava casos em que os índices eram menores quando a quantidade de açúcar consumidor era menor que 10% da ingestão diária de calorias.


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