quinta-feira, 16 de janeiro de 2014

Sedentarismo mata quase tanto quanto o cigarro !


Sedentarismo causa mais de 5 milhões de mortes por ano no mundo, ao lado do tabagismo, que tira 6 milhões de vidas. No Brasil, quase metade da população vive na inércia.

Depois de fazer spinning, natação, boxe e andar de bike, Grace Kneipp, de 49 anos, se encontrou no circo, hoje sua principal atividade física (Marcos Vieira/EM/D.A Press)
Depois de fazer spinning, natação, boxe e andar de bike, Grace Kneipp, de 49 anos, se encontrou no circo, hoje sua principal atividade física
O sedentarismo mata quase na mesma quantidade que o cigarro. Enquanto o tabagismo tira a vida de 6 milhões de pessoas no mundo, dispensar as atividades físicas provoca a morte de 5,3 milhões de pessoas em todo o planeta, anualmente. Os dados são de uma pesquisa publicada, em julho de 2012, na revista britânica Lancet. No Brasil, 49% da população adulta não pratica atividades físicas, e o estilo de vida sedentário é responsável por 13% das mortes por infarto, diabetes e câncer de mama e do intestino. O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) estima que 80% da população esteja parada. Como temos 365 dias pela frente, que tal fugir dessas tristes estatísticas e começar, agora, a se movimentar para viver mais e melhor?

Na segunda matéria da série "Hora de mudar", o Estado de Minas ouviu profissionais especializados em algumas atividades físicas que garantem que se exercitar é sinônimo de longevidade. De acordo com o médico e ex-presidente da Sociedade Brasileira de Medicina do Exercício e do Esporte Jomar Souza, quando o corpo se movimenta os benefícios são inúmeros: a gordura corporal cai, a circulação sanguínea e a resistência respiratória melhoram, o risco de desenvolver alguns tipos de câncer é reduzido, os níveis de glicemia e colesterol melhoram e a gente fica mais forte e flexível. “Aquele que é sedentário e se torna fisicamente ativo passa a ter mais disposição para as atividades cotidianas. Seu rendimento no trabalho e no estudo melhora. Além disso, essa pessoa adoece menos e passa a adotar outros hábitos saudáveis como dormir mais cedo, mudar a alimentação, reduzir o consumo de álcool, deixar de fumar, entre outros.”

Mas como começar? Quando abandonar o sedentarismo e se tornar mais ativo? O que fazer para não abandonar a atividade no meio do caminho? O primeiro passo é traçar metas, segundo o coordenador técnico da Run & Fun Assessoria Esportiva, o especialista em fisiologia do exercício Paulo Henrique Santos. “É importante para aqueles que querem mudar ter um objetivo, estabelecendo um prazo para que isso ocorra.” Ele lembra que vida de sedentário é boa, já que ninguém incomoda você. “Mas, quando você se descobre ativo, a capacidade cardiorrespiratória, a autoestima e os resultados dos exames clínicos melhoram. Aí não há dúvida de qual caminho escolher.”

Em qualquer idade, ao fazer uma atividade, de acordo com Paulo, o praticante tem, em média, um resultado em quatro ou 12 semanas. “A boa notícia é que estudos têm mostrado que para as pessoas acima dos 65 anos o benefício é muito maior: em poucas semanas o condicionamento melhora em cerca de 50%. Uma pessoa destreinada tem mais ganhos do que a que treina sempre”, diz.http://sites.uai.com.br




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