sexta-feira, 18 de dezembro de 2015

O SEDENTARISMO EM ALTA NO MUNDO!

A cada ano surgem novas modalidades de atividade física. No Brasil, são mais de 30 mil academias segundo o relatório IHRSA Global Report 2015, da International Healht, Racquet & Sportsclub Association. No entanto, entre 3% e 5% dos brasileiros frequentam uma e, segundo o Diagnóstico Nacional do Esporte: Diesporte, divulgado este ano pelo Ministério do Esporte, 45,6% dos brasileiros e brasileiras entre 14 e 75 anos são sedentários. As mulheres mais, com 50,4%, e os homens um pouco menos, com a taxa de 41,2%.
Professor do Centro Desportivo da Universidade Federal de Ouro Preto (UFOP), Albená Nunes da Silva ressalta que a preocupação com o sedentarismo não está restrita ao Brasil. Nos Estados Unidos, 14% da população pratica atividade física regularmente, na Europa a taxa é de 10%. A população mundial está cada vez mais sedentária de acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS). “As pessoas pararam de realizar atividade física informal, como caminhar até o trabalho ou até à escola. As pessoas se movimentam muito pouco com a facilidade proporcionada pela tecnologia”, diz.
Mudar esse cenário não é das tarefas mais simples, mas a discussão sobre o incentivo à prática de esporte e atividade física - desde a infância até a terceira idade - é uma questão de saúde pública. “Várias entidades mundiais começaram uma campanha para tentar fazer com que as crianças se movimentem mais. A próxima geração será a primeira a viver menos que a geração anterior”, alerta Albená. O educador físico cita, por exemplo, a ‘Designe To Move’ (em tradução livre, desenhando o movimento) que se propõe a acabar com o sedentarismo na infância.
Mudar hábitos é um grande desafio. Por isso, é importante ressaltar que o hábito da prática de esportes e exercícios físico é formado até os 10 anos. Assim, o papel da escola é fundamental nesse contexto de prevenção ao sedentarismo. As crianças têm que formar bons hábitos e gosto por se exercitar, mas o que acontece na prática – apesar de existirem boas propostas em algumas escolas – é a disciplina de educação física oferecer um esporte por ano. Se a criança não se identifica, ela não vai adotar a prática porque não vai enxergá-la como algo prazeroso e, assim, pode crescer um adulto sedentário”, reflete.
O assunto é complexo, entretanto deve-se pensar hoje o que se quer no amanhã. Se não se conseguir reverter o quadro do sedentarismo no mundo, pode estar surgindo uma nova geração que viverá menos tempo que a atual...




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